Entre as ameaças aos ecossistemas marinhos e à saúde de nossos oceanos, a poluição por plástico é uma das mais preocupantes. A estimativa mundial é de que a cada minuto, um caminhão de lixo plástico seja jogado ao mar.
Uma vez nos oceanos, esses itens de plástico descartável, como sacolas, canudos, pratos, talheres, não se restringem à superfície do mar e nem ao local de origem – muito dessa poluição segue arrastada pelas correntes marinhas. Há presença de plástico mesmo em lugares considerados paradisíacos, sem a presença ostensiva de humanos.
“À medida em que o plástico continua a inundar os oceanos - no Brasil, a estimativa é de 325 mil toneladas/ano -, a lista de espécies marinhas afetadas por detritos plásticos aumenta. Dezenas de milhares de organismos marinhos estão ingerindo plásticos, desde peixes e tartarugas, mamíferos e aves marinhas, muitos deles já ameaçados de extinção. As espécies marinhas não apenas estão tendo contato com resíduos da produção humana, mas também estão morrendo devido a eles”, alerta a gerente de campanhas da Oceana Brasil, a engenheira ambiental Lara Iwanicki, uma das autoras do estudo Um Oceano Livre de Plásticos, publicado em 2020 e que se tornou referência sobre o assunto no país.
O relatório traz alguns números impactantes. Mais de 800 espécies de mamíferos, aves marinhas, peixes e tartarugas estão sendo impactadas pelo emaranhamento de redes de pesca ou pela ingestão de plástico. Cerca de 90% de espécies de aves marinhas e tartarugas já consumiram plásticos.
Toda essa situação é um alerta mundial para a segurança do ecossistema marinho e de suas espécies. No Brasil, os dados, ainda que subestimados, indicam que 1 em cada 10 animais que apareceram mortos em praias das regiões Sul e Sudeste - únicas que mantêm uma estrutura de pesquisa e monitoramento ligados às bacias da Petrobras - tiveram a ingestão de plástico como causa do óbito.
Foto: Foto: Oceana/Enrique Talledo
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