O Presídio de Igarassu, atualmente o mais superlotado de Pernambuco e alvo de investigação pelo forte esquema de corrupção, vai passar por um processo de transferência de parte dos presos. Atualmente, há mais de 5,7 mil, mas a capacidade é de cerca de 1,2 mil.
Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), diante da grave situação em que se encontra a unidade prisional, detentos serão removidos, ao longo do mês de maio, para o Presídio Policial Penal Leonardo Lago, localizado no Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife.
A unidade, inaugurada no final do ano passado, tem capacidade para 954 presos. No entanto, parte das vagas já é ocupada por detentos que estavam na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, desativada no mês passado devido à falta de estrutura.
A superlotação no Presídio de Igarassu se agravou a partir do final de 2022, quando houve a determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que 70% dos presos do Complexo Prisional do Curado fossem retirados - devido à condenação do Estado brasileiro pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.
O TJPE informou que, desde o início do ano, foi criada uma força-tarefa para analisar e, se necessário, "agilizar o andamento de processos de encarcerados no Presídio de Igarassu que ainda não possuem sentença condenatória, atuando em conjunto com os juízos criminais e de execução responsáveis".
O inquérito da Polícia Federal, ainda em andamento, indica que detentos tinham acesso a drogas, bebidas alcoólicas, garotas de programa e festas. Em troca, policiais penais e o ex-diretor recebiam pagamentos em dinheiro, via Pix, comidas por meio de delivery e até joias.
As investigações continuam para identificar outros servidores e presos envolvidos no esquema de corrupção na unidade.
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(IMAGEM: MPF/DIVULGAÇÃO)
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