Um dos presos, Edson dos Santos, o Seu Bio, teria sido o mandante do crime, segundo a políciaFoto: divulgação
O grupo de 21 pessoas que foi feito refém e torturado na praia de Mangue Seco, no município de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR), passou por verdadeiras cenas de terror no feriadão. Os detalhes dos crimes foram repassados em coletiva da Polícia Civil de Pernambuco na tarde de ontem, três dias após a barbárie, quando foi anunciada a prisão dos quatros suspeitos. “Isso lembra a questão do Estado Islâmico, quando pegam as pessoas e botam um facão no pescoço”, disse o delegado David Medeiros, citando um dos métodos usados pelos bandidos. Os criminosos foram presos por roubo qualificado, porte ilegal de arma de fogo, tortura e formação de quadrilha.
O grupo de 11 adultos e dez crianças estava acampando na praia quando, por volta das 4h do último sábado, foi surpreendido pelos suspeitos, que logo tomaram duas crianças, de 3 e 5 anos, como reféns. Os suspeitos estavam sob o efeito de drogas, segundo a polícia, e apresentando um alto grau de agressividade, ameaçando as crianças com facões. Durante o ataque, cinco pessoas - dois adolescentes, dois adultos e uma idosa - tiveram ferimentos graves e precisaram de atendimento médico urgente. Com os facões, os criminosos fizeram vários cortes, perfurações e até mutilações - dedos foram decepados e houve também uma tentativa de perfuração de um olho. Ainda houve a tentativa de disparo de uma arma de fogo, que falhou.
Todos os suspeitos confessaram o crime e foram presos anteontem, em Igarassu. Edson Gouveia dos Santos, 29 anos, conhecido como Seu Biu, teria sido o mandante do crime. Junto com ele, foram presos Eligeferson Antonio de Lima Cruz, 25, conhecido como Galego; Jefferson Manoel Ferreira da Silva, o De Menor, 19; e Williermy Souza da Silva, 26, chamado de Coca.
Segundo a polícia, Seu Biu confessou ter jogado a arma de fogo utilizada em um rio. Ele também teria ameaçado os reféns de morte caso houvesse alguma delação dos integrantes. Foram roubados R$ 100 e cinco celulares que, segunda a polícia, seriam vendidos para a compra de drogas.
A Polícia Civil de Pernambuco tomou conhecimento do crime na segunda-feira e deu início às investigações. “Ao tomarmos conhecimento da gravidade do que ali ocorreu, que revoltou toda a população, tivemos o compromisso de atuar imediatamente e fazer essas prisões, através das investigações realizadas pela 29ª DP de Igarassu”, explicou o delegado David Medeiros.
Fonte: Folha de Pernambuco.
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