Mayra Cavalcanti
Com informação da Rádio Jornal
O motociclista Jadson José da Silva Maia, de 54 anos, voltava para casa, no bairro do Alto do Mandu, na Zona Norte do Recife, após um dia de trabalho, quando foi atingido por uma linha com cerol. O homem trafegava pela BR-101, no bairro da Iputinga, na Zona Oeste da cidade, quando ocorreu o caso. Ele chegou a ser socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá, também na Zona Oeste, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
O caso aconteceu na última terça-feira (21), e o corpo de Jadson foi velado nessa quarta-feira (22), no cemitério de Casa Amarela, na Zona Norte. "É muito triste. É uma morte tão horrível, ele não merecia morrer desta forma não. Tem que ter uma providência, tem que ter uma punição, uma fiscalização muito séria, porque do jeito que aconteceu com ele, pode acontecer com outras pessoas", afirmou a irmã de Jadson, Ana Luíza Maia, em entrevista à Rádio Jornal. O motociclista deixa a esposa e uma filha.
Outros casos
Em dezembro de 2019, uma mulher foi atingida por uma linha de pipa com cerol e ficou ferida na região do pescoço. O acidente aconteceu no bairro do Cabanga, na área Central do Recife. A vítima pilotava uma motocicleta quando foi atingida na Avenida Engenheiro José Estelita. Por causa do ferimento, Micheline Morais de Araújo, de 35 anos, precisou de ajuda para conseguir conter o sangramento enquanto esperava socorro.
Em setembro, um major da Polícia Militar (PM) também ficou ferido depois de ser atingido por uma linha com cerol na Zona Sul do Recife. O policial passava de motocicleta pela Rua Manuel de Brito, no bairro do Pina, quando foi atingido e teve um corte profundo na testa. Em dezembro de 2018, um motociclista morreu na BR-101, em Jaboatão dos Guararapes, com um ferimento no pescoço causado por linha com cerol.
Perigos do cerol
Em agosto de 2019, motociclistas do Recife realizaram um ato, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, na Zona Sul, para conscientizar sobre os perigos do cerol e das linhas chilenas. Por serem cobertos com substâncias como pó de ferro, quartzo moído e óxido de alumínio, os artefatos podem causar graves ferimentos. Na velocidade em que trafegam os veículos, a linha chilena, mais resistente que o cerol, tem capacidade de cortar desde a antena de proteção da moto, até a lataria de carros e caminhões.
A orientação do Corpo de Bombeiros para quem empina pipas é de que não utilize linhas cortantes, que brinque longe da rede elétrica, evitando dias de chuvas e lugares movimentados.
Fonte: Jornal do Comercio.
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