Mais um dia de jogo da seleção brasileira em busca do hexa, para quem tem cães e gatos há uma tensão que se repete como em cada comemoração ou festa em que pessoas pouco conscientes recorrem ao uso de fogos e pode ser resumida numa pergunta: O que fazer com meus animais? Além do perigo inerente de acidentes que podem ir muito além de queimaduras, já se sabe que o barulho de fogos de artifício pode prejudicar a audição de bebês e provocam sofrimento em crianças autistas e animais. Para a médica veterinária Laís Antunes, entretanto, o problema para animais vai além dos fogos. Reunir pessoas e torcer pelo Brasil também pode provocar ansiedade e traumas nos cães e nos gatos, diz, propondo condutas para ajudar os animais em períodos de festividades.
Além de eventos como a Copa do Mundo, carnaval, festejos juninos, réveillon, Natal, nos quais ocorre o uso de fogos de artifício, reuniões em família e música alta podem levar cães e gatos a situações estressantes. Manter cães e gatos no colo e oferecer petiscos pode ajudar. Uma estratégia que tem se difundido é envolver uma faixa de tecido com cerca de três-quatro dedos de largura ao longo do corpo do animal (marca a metade do comprimento, que deve ser colocada pela frente, na parte abaixo do pescoço, subindo cada banda pelos lados do animal, cruzando as duas na parte superior, descendo pelos lados contrários, cruzando de novo na parte inferior e retornando à parte superior, onde deve ser feita uma amarração próxima ao rabo.
Maior capacidade auditiva
Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, cães têm uma capacidade auditiva maior que a dos humanos e barulhos acima dos 60 decibéis, como uma conversa em tom mais alto, como às que acontecem durante um jogo de futebol, por exemplo, podem ser um causador de estresse físico e psicológico. “O ouvido de um cachorro pode perceber muito mais frequências que o de um humano e consegue detectar sons a até quatro vezes de distância mais ou menos. Por isso eles sofrem tanto, e os tutores têm que saber disso para poder ajudar”, explica Laís Antunes, médica-veterinária da Organnact, empresa que pesquisa e produz suplementação para animais.
A maior capacidade auditiva dos cães foi um dos motivos citados no Projeto de Lei 5-2022, que está em tramitação no Senado, propondo a proibição do uso e da comercialização de fogos que produzem barulhos em todo o território nacional, o que já é realidade em municípios como Curitiba-PR, Rio de Janeiro-RJ e São Paulo-SP.
Não reprimir
Para gatos não é diferente, pois também podem se assustar com fogos, e, como animais muito fiéis à rotina, momentos como os citados também são estressantes para eles. “O que difere é o comportamento. Os gatos tendem a ficar mais escondidos, enquanto muitos cachorros tendem a tentar fugir, o que acaba sendo bem perigoso, pois se o animal estiver numa área externa corre o risco de ir para a rua e ser atropelado, por exemplo”, diz a veterinária.
No esforço para diminuir o sofrimento dos animais é preciso lembrar de não os deixar sozinhos durante o momento de muito barulho, assim como não reprimir o cão ou gato que esteja sofrendo. “Se o gatinho quiser se esconder, por exemplo, deixe-o quietinho lá. Tentar tirar ele do espaço que o deixou mais tranquilo pode ser ainda mais estressante e traumatizante para o animal”, ensina Laís.
Oferecer conforto
Para cães e gatos, a dica principal é oferecer conforto, colo e respeito. “Nesses momentos, o que eles precisam é se sentir acolhidos e não ainda mais ameaçados”, diz. Mas ela diz que nem sempre só isso resolve e é possível contar com a ajuda de suplementação, que pode “dar uma mãozinha”, sem prejudicar a saúde animal. “São produtos que auxiliam a reduzir o estresse em diversas situações, desde uma ida ao pet shop até mesmo a uma grande queima de fogos”, exemplifica. “Hoje, por exemplo, temos na Organnact, a linha Calmyn, que contém triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, que acaba auxiliando no bem-estar do animal, minimizando momentos de estresse”, explica.
Caso nenhuma das dicas funcione, é importante procurar um médico-veterinário. “Muitas vezes não é só a festa, o barulho. O estresse pode estar associado a outras causas, e só um médico veterinário poderá dizer qual o tratamento mais eficaz para cada animal”, conclui a médica-veterinária Laís Antunes.
Sobre a Organnact
A Organnact é uma empresa há mais de 30 anos produzindo suplementação para cães, gatos, cavalos e outros animais, assumindo como missão “oferecer nutrição e saúde para as famílias multiespécies, que podem assim ter mais qualidade de vida e, por consequência, mais momentos inesquecíveis”.
*Com informações da Assessoria da Imprensa.
Fonte: Diário de Pernambuco