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domingo, 4 de agosto de 2024

LUIZ GONZAGA SEGUE INFLUENCIANDO A MÚSICA BRASILEIRA



Ao subir no palco pela última vez, no Recife, cerca de dois meses antes de sua morte, Luiz Gonzaga pediu ao público para ser lembrado como "o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo".

Passados 35 anos da Hora do Adeus, no dia 2 de agosto de 1989, o Rei do Baião segue celebrado e influenciando a música brasileira.

Para destacar parte do legado do Velho Lua, um de seus netos, o cantor e compositor Daniel Gonzaga, filho de Gonzaguinha, está preparando uma série documental.

De junho a julho deste ano, ele percorreu cidades como Exu, onde nasceu Gonzagão, Caruaru, Recife, Fortaleza, Juazeiro e Crato, ouvindo histórias e gravando com admiradores de seu avô. A lista de entrevistados inclui artistas como os pernambucanos Onildo Almeida, autor de “A Feira de Caruaru”, gravada por Gonzaga, e Zé Vaqueiro, expoente do piseiro, e o artesão cearense Espedito Seleiro.

“Acho que Gonzaga continua vivo. Ele trouxe o Nordeste para o Brasil. É um legado muito grande, impossível de falar em poucas linhas. Questionei o que existe de Gonzaga dentro de alguns personagens no Nordeste e o que posso falar é que ele continua ali. Na impressão de um Nordeste que ainda é muito parecido com o que ele encontrou, no estabelecimento de uma cultura nacional, nas releituras que os jovens vêm fazendo sobre a história dele, no respeito que as pessoas têm pela sua obra. Não creio que ele vá ser apagado tão facilmente da cultura nacional como tanta gente apregoa”, diz Daniel.

O projeto, batizado de “Gonzagueanos”, terá oito episódios de 26 minutos cada. A data de estreia ainda não foi definida.

Fonte: Diário de Pernambuco.

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