Um balanço do Ministério da Saúde, divulgado na última quinta-feira (27), informou que o Brasil possui 132 casos suspeitos de coronavírus. No estado de Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) notificou seis casos, sendo três descartados.
As pessoas que procuraram álcool em gel e máscaras nas farmácias nos últimos dias, apresentaram dificuldades em encontrar os produtos. Apesar de possuir os itens nas bolsas, é importante lembrar que a prevenção deve ser efetivada nos hábitos de higiene como a lavagem das mãos, espirrar ou tossir com a parte interna do cotovelo e evitar o contato com os olhos e boca sem lavar as mãos.
Transmissão:
De acordo com o Ministério da Saúde, as investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas o contato com pessoas que apresentam sintomas como febre, tosse e dificuldades para respirar são as principais causas das infecções.
A difusão da doença costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas como gotículas de saliva, espirro, tosse, secreção nasal, contato pessoal próximo. Aperto de mão e contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de boca, nariz ou olhos também podem ser fatores para a contaminação pelo vírus.
A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARSCoV acontece em uma média de sete dias após o início dos sintomas. No entanto, dados preliminares do coronavírus (SARS-CoV-2) sugerem que a transmissão possa ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas.
Diagnóstico:
O diagnóstico do coronavírus é feito através do recolhimento de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessário a coleta de duas amostras na suspeita do coronavírus. As amostras serão encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra será enviada para análise de metagenômica.
Para confirmar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral. O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais, que estarão indicadas sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito.
Tratamento:
Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. A indicação do Ministério da Saúde é de repouso e consumo elevado de água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, entre eles o uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos).
Os pacientes que receberem alta durante os primeiros sete dias do início do quadro com qualquer sintoma, independente de febre, devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações como aparecimento de febre, podendo haver casos iniciais sem febre, elevação ou reaparecimento da temperatura corporal ou sinais respiratórios, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dor no peito, fadiga e falta de ar.
Prevenção:
Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos sujas.
Evitar contato próximo com pessoas doentes.
Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
A recomendação para os profissionais de saúde é de utilização de máscaras cirúrgicas, luvas, avental não estéril e óculos de proteção.
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.