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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Desequilíbrio nas taxas de colesterol pode desencadear doenças cardiovasculares


De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares, aquelas relacionadas à circulação e ao coração, são as principais causas de morte no Brasil e no mundo. Somente no País, elas já foram responsáveis por mais de 297 mil óbitos este ano, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Dentre os fatores que podem desencadear esse problema, está o colesterol alto.

O que talvez poucos saibam é que o colesterol exerce uma função no nosso corpo, com o problema surgindo quando há um desequilíbrio no metabolismo do organismo. Conforme explica o professor de Endocrinologia da Universidade Federal de Pernambuco Ruy Lyra, há colesterol bom, chamado de HDL (do inglês, High Density Lipoproteins), e o ruim, denominado LDL (do inglês, Low Density Lipoproteins). 

“O LDL é extremamente importante para uma série de funções biológicas no nosso corpo. O seu excesso que é prejudicial, pois é responsável pela formação de placas de gordura que podem levar ao surgimento de doenças cardiovasculares, como infartos, e doenças cerebrovasculares, como os acidentes vasculares cerebrais, ao longo do tempo”, afirmou Ruy, destacando ainda que, quando o metabolismo está funcionando normalmente, há um equilíbrio entre HDL e LDL que impede a formação das placas de gordura. “Em um indivíduo com o metabolismo normal, esse equilíbrio funciona perfeitamente, pois o HDL retira o excesso de colesterol ruim da corrente circulatória”, disse.

Normalmente, quando existe esse descompasso é porque o indivíduo tem alteração no receptor do colesterol, que não entra nas células nas condições adequadas. “Essa condição pode ser restabelecida com a adoção de uma rotina saudável, que inclui alimentação diversificada e balanceada, associada à prática de esportes”, concluiu Ruy. Já a endocrinologista Daniele Borges Funtan considera importante também ter o controle sobre o peso corporal e abandonar o tabagismo, além de manter sempre a atenção sobre outros fatores de riscos, como pressão arterial, níveis de açúcar no sangue e triglicerídeos. 

Caso seja necessário iniciar um tratamento medicamentoso, a especialista explica que essa decisão irá depender do risco cardiovascular apresentado pelo paciente. “Em pacientes de muito alto ou alto risco cardiovascular, o tratamento deve incluir o uso de medicações já em associação com a mudança do estilo de vida a ser proposta. Para pacientes de risco moderado ou baixo, o tratamento será iniciado apenas com as medidas do estilo de vida”, detalhou.

A profissional recomenda também que todos os adultos, com mais de 20 anos, realizem exames para identificação da dosagem das taxas de colesterol no corpo. "Mas caso o paciente tenha histórico familiar de colesterol alto, sobrepeso ou obesidade, hipertensão arterial, seja fumante ou tenha diabetes é aconselhável a determinação do seu perfil lipídico, independente de sua idade ou sexo", alertou.

Alimentação

O nutrólogo especialista em alimentos Diego Pascaretta explica que tudo o que o corpo armazena de gordura afeta o colesterol e, para controlar os níveis de HDL e LDL, é importante apostar em uma dieta menos calórica. “Alimentos como castanhas, abacates, peixes, azeite de oliva e até mesmo o chocolate 70% fazem bem. Também é importante reduzir o consumo de carboidratos, como pães, bolos e doces. No entanto, carboidratos como batata doce, inhame e macaxeira continuam sendo bem-vindos”, concluiu.

Na hora de mudar os hábitos na alimentação, a nutricionista Tutu Galvão Bueno recomenda alguns hábitos que vão além de escolher o que comer. "Diminuir a ingestão de produtos industrializados, consumir alimentos frescos e melhores preços, além de realizar as refeições sem TV e eletrônicos melhoram a experiência com a comida", afirma. "Opte por diminuir a ingestão de gorduras saturadas encontrada em alimentos de origem animal. Consuma mais plantas e vegetais, cereais e grãos", concluiu

Fonte: Folha de Pernambuco

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