Feridas na boca que não cicatrizam em até 15 dias, sangramentos sem motivo aparente, nódulos no pescoço, dor na garganta persistente, incômodo ao engolir, mudança na voz ou rouquidão são sinais de alerta para o câncer de cabeça e pescoço.
O alerta vem do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que estima 15.100 novos casos da doença para 2024, o que corresponde ao oitavo tumor maligno mais incidente na população brasileira. O câncer de cabeça e pescoço, foco da campanha Julho Verde, engloba os tumores que acometem a cavidade oral, faringe, laringe, cavidade nasal e glândula tireoide.
O tabagismo é o principal fator de risco, especialmente quando combinado com o consumo de bebidas alcoólicas. Exposição solar sem proteção (o que é particularmente perigoso para o câncer de lábio), infecção pelo HPV (papilomavírus humano), obesidade e uma dieta deficiente em vitaminas, proteínas, frutas, legumes e verduras são outros fatores que aumentam o risco de desenvolver câncer de cabeça e pescoço.
"Os resultados de controle de doença e sobrevida estão diretamente ligados ao estágio em que ela é diagnosticada e tratada", ressalta o chefe do Setor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Inca, Fernando Dias.
A chefe da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, Renata Maciel, acrescenta que, quando o tumor é identificado no início, poucas regiões são afetadas, o que possibilita um tratamento menos mutilador e com melhores resultados funcionais. Dessa maneira, preserva-se a qualidade de vida do paciente.
A estratégia de prevenção é agir nos principais fatores de risco. Ou seja, cessar o tabagismo, reduzir o consumo de álcool, evitar exposição ao sol sem proteção (bloqueador solar nos lábios e uso de boné ou chapéu) e não praticar sexo oral sem preservativo, a fim de prevenir a infecção pelo HPV.
Foto: Guga Matos/JC Imagem #Tabagismo #Inca #Saúde #vv
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