Saúde | No último mês de janeiro, o presidente Lula sancionou a Lei 15.100/25, que proíbe o uso de celulares em escolas da educação infantil ao ensino médio.
A atitude abriu o debate sobre o uso de celulares pelas crianças, não só dentro da escola, mas também fora dela.
Segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2023, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, cerca de 25 milhões de crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos eram usuários da internet no país no último ano.
Os feeds infinitos são desenvolvidos para estimular a hiperconectividade. Marcos Torati, psicólogo e mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP, explica que a ausência de pausas nos feeds infinitos pode reforçar a tendência à instantaneidade.
Essa tendência pode se transformar em FOMO (“Fear of Missing Out”), o medo de não conseguir acompanhar as atualizações dos eventos.
"A combinação de repetição automática e busca obsessiva pode provocar um estado comparável à hipnose, pois o foco intenso, aliado ao relaxamento psicológico, favorece a alienação do mundo exterior. Essa desconexão resulta em procrastinação e perda de noção corporal e do tempo social", comenta Torati.
Mediar é papel dos pais e responsáveis. No entanto, é necessário mais do que restringir; é preciso estar atento a mudanças de comportamento que possam indicar um uso excessivo das redes sociais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que crianças menores de 2 anos não devem ter acesso a telas, e que crianças entre 3 e 5 anos não devem ultrapassar uma hora diária de uso.
A Sociedade Brasileira de Pediatria segue a mesma orientação e reforça que, para crianças maiores, de 6 a 10 anos, o uso não pode ultrapassar três horas por dia, com supervisão e nunca com o hábito de "virar a noite" com o aparelho.
Para mais informações, acesse JC.COM.BR
(Imagem: Banco de Imagem/ Pexels)
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