Pernambuco teve o segundo maior crescimento da produção industrial na passagem de dezembro de 2019 para janeiro deste ano. O estado registrou alta de 8,7%, atrás apenas da Bahia, que teve incremento de 10,3%. As taxas positivas, somadas às outras registradas em mais 11 locais dos 15 pesquisados, ajudaram a manter a média nacional em avanço, de 0,9%. Pernambuco também apresentou crescimento em janeiro deste ano sobre o mesmo mês de 2019, com alta de 6,7%, a terceira maior, atrás apenas do Rio de Janeiro (9,8%) e Bahia (8,3%). Os resultados positivos, no entanto, não foram suficientes para puxar o acumulado dos últimos 12 meses para cima. A variação ficou negativa em 1,2% no estado, contra recuo de 1,0 no Brasil, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional, do IBGE.
Para Cezar Andrade, coordenador do Núcleo de Economia da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), o resultado em janeiro foi positivo, principalmente porque Pernambuco vinha de um ano ruim em 2019. "Tinha tido um recuo de 2,2% e agora em janeiro volta a crescer para atender à demanda de meses iniciantes. Tem o carnaval, que aumenta a demanda de alguns produtos, não só dos pernambucanos, mas de todos que vêm para cá", explica.
Já na comparação com janeiro de 2019, o crescimento foi de 6,7%, puxado principalmente pela alta da indústria de alimentos, que registrou incremento de 28,1%. "O ano passado teve uma produção menor porque ainda tinha estoque e esse ano a produção aumentou para repor. Além disso, o setor de alimentos fechou 2019 com queda de 3,5% no acumulado do ano e esse ano já começa com resultado positivo para atender a essa demanda de começo de ano", afirma Andrade. Outros dois segmentos que também apresentaram desempenho positivo, acima da média geral, foram os de produtos de minerais não-metálicos (14,6%) e outros produtos químicos (11,5%). Em contrapartida, o setor de outros Equipamentos de Transporte teve uma queda significativa de 83,5%.
No acumulado dos últimos 12 meses, Pernambuco registrou queda de 1,2%. "Isso aconteceu porque 2019 foi um ano muito ruim. Então mesmo com o resultado positivo de janeiro, não consegue suprir o resultado ruim do ano passado. O setor mais sofrível do ano passado foi o de equipamentos de transporte, com exceção de veículos, porque pega a indústria naval e o Estaleiro Atlântico Sul puxou para baixo", acrescenta.
Fonte: Diário de Pernambuco.
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