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quarta-feira, 15 de maio de 2024

Fila por vaga em UTI neonatal e infantil bate recorde, e 144 crianças aguardam uma vaga em Pernambuco

 

                                        Imagem ilustrativa

A fila por uma vaga em UTI pediátrica em Pernambuco registrou o maior número deste ano. Segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), 154 crianças aguardavam um leito na noite de terça (14). Na quarta de manhã, 144 bebês e crianças estavam na fila, de acordo com a Central de Regulação de Leitos do estado.


Entre o mês de janeiro e o dia 11 de maio, foram registrados 2.383 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Mais da metade se deu em bebês e crianças até 4 anos de idade.


No dia 2 de abril, um boletim divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicou um aumento no número de casos. No dia 26, o governo do estado decretou situação de emergência em saúde pública.


No início de maio, o desespero das mães que não conseguiam uma internação para os filhos em estado grave numa UTI aumentou.


Em entrevista à TV Globo, a secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti, disse que “não sabe o que deu errado” para que a fila por atendimento intensivo só aumente.


“A realidade é que lançamos de forma precoce o plano de contingência que está todo sendo realizado. Todas as ações foram propostas em fevereiro. A gente vive uma situação de abertura de novos leitos: 135 no ano passado, mais 10 leitos para serem abertos na próxima semana, e outros 30 nos próximos dias”, disse a secretária.


Segundo Zilda Cavalcanti, a gestão estadual reservou mais de R$ 30 milhões para investimentos no atendimento das doenças respiratórias sazonais e os recursos disponibilizados serão ampliados se houver necessidade.


A gestora disse também que o governo montou uma equipe de teleinterconsulta com pediatras 24 horas para atender todo o estado e capacitou as unidades regionais, mistas e de atenção primária para que os profissionais de saúde possam atender bebês e crianças, “especialmente de bronquiolite em crianças menores”.


De acordo com Zilda Cavalcanti, a maior dificuldade é encontrar profissionais especializados para trabalhar nos novos leitos de UTIs pediátricas. Ela acrescentou que o governo segue “procurando novos prestadores” e leitos, para viabilizar a instalação dos equipamentos em hospitais privados, e afirmou que a mesma dificuldade vem sendo enfrentada pelas unidades de saúde da rede privada.


“Hoje o estado já está pagando um valor diferenciado de plantão extra para conseguir equipes de pediatras e estamos pagando também um valor diferenciado na diária de UTI. Habitualmente o estado paga em torno de R$ 1.700 uma diária de UTI e, dentro do decreto de emergência, esse valor foi aumentado para R$ 2.400”, detalhou Zilda Cavalcanti.

Fonte: G1 PE

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