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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Operação desarticula organização criminosa que praticava homicídios brutais em Igarassu

Operação Canoas foi conduzida pelos delegados Natasha Dolci e Vitor Freitas Andrade Vieira - Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco

Deflagrada na quarta-feira (26), a Operação Canoas, que investigava uma organização criminosa suspeita de homicídios, tráfico de drogas, porte ilegal de armas com atuação em Igarassu, principalmente no bairro de Cruz de Rebouças e na comunidade de Cueiras, teve seus desdobramentos divulgados nesta quinta-feira (27) pela Polícia Civil.

Conduzida pelos delegados Natasha Dolci e Vitor Freitas Andrade Vieira, as investigações da Operação Canoas duraram cerca de dois meses e apreendeu cinco pessoas, sendo dois adolescentes, suspeitos de integrarem uma organização criminosa que comandava o tráfico na região.

O grupo teria participação em, pelo menos, cinco homícidos. Um dos elementos que chama atenção nos crimes cometidos são os "requintes de crueldade", conforme detalhou a delegada Natasha Dolci. Dos crimes, o que mais chocou a delegada foi o assassinato, de forma brutal, de pai e filho. O homem, que era líder comunitário e dirigia uma ambulância, e seu filho, estudante universitário, não tinham envolvimento com as drogas e combatiam o tráfico no local.

"As investigações apontaram que não havia guerra de tráfico no local. O grupo desarticulado atuava em Maria Farinha e queria instituir o tráfico na comunidade de Cuieiras e executava de forma cruel quem se opusesse", explicou Natasha. Ainda de acordo com a delegada, os crimes geraram uma sensação de medo na comunidade e motivou a mudança de cerca de ddez famílias do local. "O grupo prometia a morte de mais moradores. Por medo, muitos não falavam nada. Algumas famílias até se mudaram do local", complementa.

As pessoas apreendidas responderão pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, homicídios e porte ilegal de armas.  A operação capturou drogas, armas, entre pistolas e espingardas, e uma quantia de cerca de 25 mil reais. De acordo com o delegado Vitor Freitas, o valor apreendido deve gera um prejuízo para o tráfico e para a organização. Vitor ainda complementou que, apesar da desmobilização da quadrilha, a operação segue com as investigações. "Caracterizamos a deflagração como a primeira etapa da operação. Seguiremos com o trabalho de investigação porque sabemos que mais pessoas estão envolvidas. Nesse momento, entendemos o nosso trabalho como uma resposta à população, que pode ficar mais tranquila, além de colaborar com a investigação", concluiu Freitas.

Fonte: Folha de Pernambuco


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