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sábado, 18 de setembro de 2021

ÓLEO DE COZINHA É UM VILÃO DA REDE DE ESGOTO

Descarte incorreto do material prejudica o meio ambiente e o sistema de esgotamento sanitário

 Apenas no primeiro semestre de 2020, a BRK Ambiental, parceira privada da Compesa no Programa Cidade Saneada, realizou 870 serviços de desobstruções nas redes coletoras de esgoto entupidas com óleo de cozinha, descartado equivocadamente em pias, tanques e até vasos sanitários. Esse dado corresponde a 43% de um total de 1.909 de solicitações para serviços de desobstrução das redes de esgoto nas 15 cidades contempladas pelo programa.

 “Pode parecer um ato inofensivo, quando, na verdade, é uma ação que acarreta sérios danos às tubulações de esgoto, ao meio ambiente com o extravasamento de dejetos nas vias e prejuízo financeiro às Companhias de saneamento, que deixam de investir em outras iniciativas porque precisam recuperar equipamentos ou realizar serviços de manutenção que poderiam ser evitados”, explica o gerente de Manutenção de Redes de Esgoto da Compesa, Reginaldo Lopes. Ele explica que o óleo solidificado entra em contato com outros descartes incorretos e forma uma crosta rígida que pode ser comparada ao concreto.

 Apenas um litro de óleo de cozinha usado é capaz de poluir cerca de um milhão de litros de água, contaminando córregos, rios ou qualquer solo que tiver contato. Além disso, é comum o líquido se solidificar e entupir tubulações. Os prejuízos sociais causados pelo entupimento também envolvem mau cheiro nas residências, pontos comerciais, nas vias e transtornos para o sistema de saneamento. Deste modo, é necessário gerar consciência coletiva e seguir as orientações de cuidados e descarte.

 “Dentro dos imóveis, é primordial fazer uso das caixas de gordura e mantê-las sempre limpas. Se possível, a caixa de inspeção deve ser acessível, para identificar com mais facilidade problemas no esgotamento. Os clientes devem manter separadas as redes de esgoto das tubulações de água pluvial e realizar diariamente o descarte correto do lixo e óleo de cozinha usado. Você pode até armazenar o óleo de cozinha em garrafas descartáveis e entregar em pontos de coleta da cidade”, aponta o gerente de Operações da BRK em Pernambuco, Adriano Barbosa.

 O Programa Cidade Saneada atua para sensibilizar a população sobre este tema, promovendo a interação entre as equipes de Manutenção de Redes e Responsabilidade Socioambiental, com foco em ações para mitigação do descarte indevido de óleo. Como o entupimento com gordura é responsável por boa parte das ocorrências de desobstruções, as ações socioambientais são de grande importância para conscientização da população. “O trabalho consiste em realizar visitas e monitoramentos nos imóveis onde há reincidências de ordens de serviços de desobstruções ocasionadas por gordura. O diálogo com a população é uma tarefa importante, pois todas as ações tornam- se inviáveis se o usuário não for consciente do seu papel”, destaca Adriano.

Fonte: Compesa

 

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