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terça-feira, 22 de julho de 2025

Nordeste registra altas taxas de gravidez na adolescência

 


Um estudo inédito revelou que uma em cada 23 adolescentes brasileiras, com idades entre 15 e 19 anos, se torna mãe a cada ano.


Os dados, que apontam mais de 1 milhão de nascimentos de mães adolescentes entre 2020 e 2022, também mostram mais de 49 mil nascimentos de meninas entre 10 e 14 anos, idade em que qualquer gestação configura, por lei, um caso de estupro de vulnerável.


A análise foi conduzida por pesquisadores do Centro Internacional de Equidade em Saúde da Universidade Federal de Pelotas (ICEH/UFPel) e marca o lançamento de uma página especial sobre o tema no Observatório da Saúde Pública, plataforma da organização Umane voltada para a visibilidade de disparidades em saúde no Brasil.


A taxa nacional de fecundidade entre adolescentes no Brasil é de 43,6 nascimentos por mil meninas de 15 a 19 anos — número é o dobro do esperado, além de ser superior ao observado em países do grupo BRICS, onde a taxa não ultrapassa 16,3 por mil.


Segundo o epidemiologista e líder do estudo, Aluísio Barros, o resultado surpreendeu. “Era esperado que a maioria dos municípios apresentasse indicadores parecidos com os de países semelhantes ao nível de renda. Mas o que observamos foi um padrão muito mais próximo ao de países de renda média-baixa ou até mesmo de baixa renda”, afirma.


O levantamento revela que 69% dos municípios brasileiros têm taxas superiores às esperadas para a faixa de renda do país, e que 22% deles apresentam índices comparáveis aos de países de baixa renda.


(Imagem: Banco de Imagem/ Pexels)


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