(Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
O Ato Político Cultural reuniu estudantes e professores das universidades Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade de Pernambuco (UPE) e Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) em prol da educação, pesquisa e ciência. O movimento ocorreu na Praça do Derby, na manhã desta terça-feira (18). A reivindicação foi sobre os cortes de verbas para universidades públicas, que chegaram a ser anunciados pelo Governo federal, mas acabaram, por pressão, sendo revogados, em seguida.
A manifestação expôs a insatisfação principalmente com o caso da verba contingenciada pelo MEC em 30 de setembro, quando iriam ser retidos 5,8% dos orçamentos das instituições, o que equivaleria a R$ 328 milhões para as universidades. Nos institutos, soma R$ 147 milhões. A pasta terá contingenciamento de R$ 2,4 bilhões. Logo após manifestos e insatisfação de estudantes e professores, o Governo federal recuou, chegando a dizer que nunca se tratou de corte, mas de "contigenciamento".
Clara Maria, representante da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP) expressou sobre a importância do ato. “Nós (estudantes) fomos às ruas e lutamos na internet, mesmo após o cancelamento do congelamento da verda, os atos já estavam marcados pelos estudantes e a UEP, visto que estamos com outros cortes, previstos para este anos de 2022 e o de 2023”, disse.
Uiratan Júnio, 33 anos, estudante de letras da UFRPE fala sobre a luta contra uma possível privatização. “O congelamento de verba foi revertido, mas desde 2019 sofremos cortes, no intuito de sucatear a universidade e apresentar projetos que promovem a instituições privadas para gerir as universidades”, comentou.
Soraia de Carvalho, professora de serviço social da UFPE, também reforçou a luta. “A reforma administrativa desmonta os serviços públicos porque ela possibilita redução salarial de servidores, cria uma série de modalidades precárias de contratação, aproxima a condição do trabalhador público com o privado, mas ao invés de elevar as condições, ele rebaixa o setor público. Sendo um efeito horrível perdendo a qualidade dos serviços públicos, qualidade dos trabalhos e os direitos do funcionalismo."
Outra reivindicação foi a volta do funcionamento do Restaurante Universitário (RU, que está há quase mil dias sem funcionar. Durante o manifesto, houve atrações haryblack, Maysa Carla e Shavoo. A Polícia Militar e a CTTU estavam presentes acompanhando o ato, que ficou fixo na praça do Derby.
Fonte: Diário de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário