Alunos usam tecnologia para resgatar história indígena e identidade de Igarassu
Estudantes do 9º ano do Centro de Educação Municipal Integral Fernando Henrique Lucena, em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, transformaram a sala de aula em um espaço de criatividade, tecnologia e resgate histórico.
Inspirados na história dos povos indígenas e na origem do nome da cidade, que em tupi significa "canoa grande", os alunos criaram protótipos interativos, como fogueiras com luzes de LED e canoas motorizadas.
Aliança entre tecnologia e história
As ações foram realizadas no Laboratório 7.0, espaço equipado com kits makers, telas interativas e recursos de inteligência artificial, criado pelo Sistema Dulino para promover educação tecnológica integrada.
Para Cibele Reis, coordenadora do laboratório de educação 7.0, o uso de tecnologias foi essencial para dar protagonismo aos estudantes.
"O uso de LEDs, motores e recursos digitais não é apenas um adorno. Ele transforma a aprendizagem em experiência viva e significativa. Quando o estudante cria, ele aprende mais e melhor", afirma.
Estudantes do 9º ano do Centro de Educação Municipal Integral Fernando Henrique Lucena, em Igarassu - DivulgaçãoA proposta foi conduzida pelo professor de História Emerson Martins em parceria com a monitora educacional Aline Guedes, que mobilizaram os alunos em uma abordagem lúdica e interdisciplinar. Emerson destaca que Igarassu é a segunda cidade mais antiga do Brasil, com uma história fortemente marcada por relações entre povos originários e colonizadores portugueses. "Mais do que estudar o passado, buscamos mostrar como a presença indígena está viva na nossa identidade, nas palavras que usamos e na história da nossa cidade", explicou o professor. Análise de imagens e documentos históricosDurante o projeto, os estudantes investigaram elementos do patrimônio histórico local, como o Marco de Pedra, estrutura que delimitava as antigas capitanias de Pernambuco e Itamaracá. Com o apoio de uma tela interativa, analisaram imagens e documentos históricos, aprofundando a compreensão sobre a colonização e as formas de resistência indígena. Rebeca Rangel, de 14 anos, relatou a emoção de participar do projeto: "Foi muito interessante aprender dessa forma, construindo as canoas e as fogueiras, e percebendo como nossa cidade tem raízes tão fortes ligadas aos povos indígenas e à história do Brasil", disse. A experiência promoveu uma integração entre pesquisa histórica, expressão artística e robótica educacional, alinhada às tendências de uso da cultura maker na educação pública. Segundo os organizadores, a proposta fortalece a identidade cultural dos estudantes, que passaram a compreender, valorizar e preservar suas raízes históricas por meio de uma vivência prática e criativa. Fonte: Jornal do Comercio
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