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sexta-feira, 20 de junho de 2025

Pedaço de carne "recheado" com crack é interceptado no Presídio de Igarassu

 


Alvo de investigação de corrupção envolvendo um ex-diretor, o presídio de Igarassu, no Grande Recife, tem novo caso de tráfico de drogas.

Policiais penais flagraram, nesta quinta (19), um pedaço de carne "recheado" com crack.

Por meio de nota, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) informou que interceptou, na porta de entrada da unidade prisional, dois pacotes totalizando 154 gramas do entorpecente.

O crack, que estava numa peça de carne, foi identificado por meio de scanner de objetos durante a inspeção de mantimentos levados por familiares de detentos.

A acompanhante e o detento envolvidos foram identificados e serão encaminhados ao Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) "para as providências cabíveis'.

"A ação no PIG faz parte dos procedimentos e protocolos de segurança internos adotados pela Seap em todas as unidades prisionais do Estado para coibir e evitar a entrada de materiais ilícitos e proibidos", acrescentou.

Conheça a unidade

O presídio tem capacidade para 954 detentos e recebeu parte dos presos da Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, desativada por problemas estruturais.

O presídio voltou ao centro das atenções em abril deste ano, quando veio a público um vídeo que mostra André de Araújo Albuquerque, ex-secretário executivo de Administração Penal de Pernambuco, recebendo dinheiro de propina dentro das dependências da unidade. A gravação fez parte das investigações da Operação La Catedral, da Polícia Federal.

As apurações revelaram um esquema que beneficiava determinados presos com regalias que incluem festas dentro do presídio, com churrasco, consumo de bebidas alcoólicas, música ao vivo e até a entrada facilitada de garotas de programa.

Em março, o Ministério Público Federal (MPF) divulgou o relatório que aponta irregularidades no Presídio de Igarassu.

O documento, disponibilizado à Polícia Federal (PF), reforça denúncias e suspeitas sobre a existência de esquema de corrupção e tráfico.

Conforme o relatório do MPF, no local, também foram identificados outros problemas, como a superlotação de 426,42%, mencionada no documento como sendo “idêntico ou pior ao Complexo do Curado”.

Além disso, foram encontradas situações de venda de espaços para os detentos dormirem, além do crescimento da figura de “chaveiro” – aquele preso que assume a função de apoio aos agentes de segurança na unidade.

A MPF fala ainda em “corrupção institucionalizada, tráfico de drogas e mercantilização de itens básicos na unidade”.

Fonte: Diário de Pernambuco

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