Cansaço constante, fraqueza, dificuldade de concentração e queda de cabelo são sintomas frequentemente atribuídos ao estresse ou à má alimentação, mas podem indicar algo mais sério: a anemia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo — quase 30% da população — são afetadas pela condição.
No Brasil, dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) indicam que 20,9% das crianças menores de cinco anos e 29,4% das mulheres vivem com anemia. A forma mais comum é a anemia ferropriva, causada pela deficiência de ferro, essencial para a produção de hemoglobina — proteína responsável por transportar oxigênio no sangue.
Entre os mais afetados estão:
-Mulheres em idade fértil e gestantes;
-Crianças em crescimento;
-Adolescentes;
-Idosos;
-Pacientes que fizeram cirurgia bariátrica.
Os principais sintomas incluem:
Cansaço, palidez, falta de apetite, dificuldade de aprendizagem (em crianças), apatia e baixa disposição. Em casos mais graves, pode haver queda de pressão, taquicardia e maior risco de infecções, exigindo até transfusão de sangue.
A anemia pode ter efeitos severos: em crianças, compromete o desenvolvimento cognitivo e motor; em mulheres, afeta a produção de leite; e em idosos, agrava a fragilidade. O diagnóstico é feito por hemograma, com níveis de hemoglobina abaixo de 12g/dL em mulheres e 13g/dL em homens. Porém, a deficiência de ferro pode estar presente mesmo com hemoglobina normal, exigindo avaliação médica cuidadosa.
Prevenção: alimentação rica em ferro (carnes, vegetais verde-escuros, leguminosas, ovos) e vitamina C para melhor absorção. O excesso de leite pode prejudicar a absorção. Em alguns casos, é necessária suplementação — sempre com orientação médica.
Durante o Junho Laranja, campanha voltada à conscientização sobre doenças do sangue, especialistas reforçam a importância de não ignorar sintomas persistentes e buscar diagnóstico precoce.
(IMAGEM: Freepik)
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