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quarta-feira, 6 de abril de 2022

IGARASSU: aluna é agredida por colega na saída de escola estadual por causa de queixa de fumo em sala de aula

 


Um desentendimento entre alunas de uma escola estadual em Igarassu, no Grande Recife, por causa de queixa de fumo na sala de aula, resultou em violência verbal e física. Vídeos enviados para o WhatsApp da TV Globo mostram uma estudante sendo agredida na saída da instituição. O governo de Pernambuco disse que “adotou providências” (veja vídeo acima).

As imagens foram gravadas na sexta-feira (1º) e divulgadas em redes sociais. No primeiro vídeo, é possível observar uma aluna, em pé, gritando e gesticulando na frente da outra, que está sentada, em uma sala de aula da Escola de Ensino Médio Santos Cosme e Damião, no Centro da cidade.

A jovem agredida está com um celular na mão. Em determinado momento, ela se levanta e deixa a sala. No outro vídeo, a jovem que já tinha sido alvo de violência verbal é agredida fisicamente, no lado de fora da escola. Um rapaz, também com a farda da rede pública de ensino, tenta evitar as agressões.

No entanto, a garota que tinha feito as agressões verbais puxa o cabelo da vítima. Também agarra a jovem pelo pescoço. Outros alunos entram na confusão para tentar evitar mais violência.

Em entrevista ao g1, por telefone, o pai da garota que sofreu as agressões contou como tudo aconteceu. Sem querer ser identificado, para não expor a filha, ele disse que a agressora costuma fumar na sala de aula, atitude condenada pela vítima.

“Por minha filha ser evangélica e sofrer de cansaço, enviou uma mensagem para um grupo de mensagens de aplicativo de celular formado na escola, tipo um grêmio escolar. Ela pedia que deixassem de fumar na sala de aula. Não citou nome de ninguém”, afirmou o pai.

Por causa do pedido, a agressora entrou no grupo e xingou a colega. "Ela disse que a cachorra tinha começado a latir", denunciou o pai. 

Ele contou, ainda, que a filha ficou triste com a ofensa, e pediu, pelo WhtsApp particular da colega, para que ela apagasse o que havia escrito. "Como a garota disse que não apagaria, minha filha disse que iria até a diretoria da escola mostrar a mensagem”, disse o pai.

A agressão verbal aconteceu, de acordo com o pai da menina, qual ela voltou da sala da diretoria. “No corredor, um professor de outra sala, vendo a agressora xingando minha filha e indo atrás dela, levou as duas até a diretora. Chegando lá, ele disse que ouviu a agressora xingando minha filha e, por isso, interveio”, contou. 

Sobre as agressões do lado de fora da escola, o pai disse que a garota ficou esperando a vítima sair para ir para casa. “Minha filha nem esperava que ela estava esperando. Ela saiu distraída, com dois colegas de sala. Eles não tiveram como ajudar”, acrescentou.

Depois das agressões, a vítima, segundo o pai, não quer sair de casa. “Ela está com vergonha”, declarou.

Sobre as providências, o pai afirmou que ela vai mudar de escola. “ Na segunda (4), fomos até a escola e conversamos com a diretora e ela disse que já havia chamado o conselho tutelar para entrar no caso”, disse.

Outra providência, segundo o pai, foi procurar a delegacia e fazer exames no Instituto de Medicinal Legal (IML). “Estamos aguardando o resultado para que o delegado se fundamente e possa tomar as devidas providencias”, declarou.

Nota

Por meio de nota, a Secretaria de Educação e Esportes do Estado informou que, ao ter conhecimento do caso, a gestão da Escola Estadual Cosme e Damião tomou imediatamente as “devidas providências”, acionando, inclusive, o conselho tutelar.

Na nota, a secretaria disse que a escola realiza ações e projetos de prevenção e conflitos, enfrentamento à violência, bom relacionamento, respeito e paz.

“Ainda este mês, a unidade de ensino vai realizar, junto com o conselho tutelar e a delegacia responsável pelo caso, uma palestra com os responsáveis dos estudantes da escola sobre a cultura de paz”, informou. 

Fonte: G1 PE

 

 

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