A Aldeias Infantis SOS, em parceria com o Instituto Fonte, lança nesta quarta-feira (13), às 9h30, em sua sede em Igarassu (PE), o projeto “Incubadora de Sonhos”, iniciativa que contemplará 40 pessoas com formação empreendedora, oferecida pelo Instituto Fonte, e recursos para gestão de pequenos empreendimentos. O projeto foi elaborado a partir da experiência da Aldeias Infantis SOS com o acolhimento de centenas de famílias venezuelanas no “Brasil Sem Fronteiras”, desenvolvido em parceria com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), durante o período de 2018 a 2020, em Pernambuco.
“Observávamos muitos talentos entre os venezuelanos, que poderiam gerar uma renda para a família, mas que precisavam ser lapidados para alcançar resultados mais impactantes” comenta Carlos Silva, gestor responsável pelas atividades da Aldeias Infantis SOS no Nordeste.
Com o aumento do desemprego e o agravamento da crise social ocasionado pela pandemia, iniciativas para geração de renda tornaram-se ainda mais urgentes, principalmente entre a população mais vulnerável.
Diante deste cenário, a iniciativa irá apoiar 30 migrantes e 10 jovens brasileiros de comunidades locais em Igarassu, por um período de 12 meses, oferecendo formações em empreendedorismo, suporte financeiro e acompanhamento social para fortalecer as famílias dos participantes. Ao final do processo, os empreendimentos mais “promissores” receberão um capital-semente para investimento.
“Queríamos também fomentar a maior integração entre brasileiros e venezuelanos de forma que eles pudessem construir possibilidades juntos e diminuir o preconceito entre os grupos”, afirma Carlos Silva. O Instituto Fonte realizará toda a formação para empreendedorismo enquanto que a Aldeias Infantis SOS acompanhará as famílias, desenvolvendo ações de fortalecimento familiar e comunitário.
O projeto “Incubadora de Sonhos” foi vencedor do edital 01/2020 da Secretaria Nacional de Justiça, que está financiando iniciativas focadas no apoio a migrantes. A ação consiste em apoiar a integração econômica e social dessas pessoas, atuando em três eixos: formação para o empreendedorismo; incubação de micro negócios e oficinas de fortalecimento familiar. Além disso, oferecerá práticas e vivências, que favorecem e permitem autoconhecimento, autocuidado, ampliação da consciência, vida plena, leve e saudável, fatores que contribuem para que a ação de empreender seja, de fato, concreta e consistente.
Sobre a Aldeias Infantis SOS
A Aldeias Infantis SOS (SOS Children’sVillages) é uma organização global, de incidência local, que atua no cuidado e proteção de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias. A organização lidera o maior movimento de cuidado infantil do mundo e atua junto a meninos e meninas que perderam o cuidado parental ou estão em risco de perdê-lo, além de dar resposta a situações de emergência. Fundada na Áustria, em 1949, está presente em 137 países. No Brasil, atua há 54 anos e mantém mais de 80 projetos, em 31 localidades de Norte ao Sul do país. Ao trabalhar junto com famílias em risco de se separar e fornecer cuidados alternativos para crianças e jovens que perderam o cuidado parental, a Aldeias Infantis SOS luta para que nenhuma criança cresça sozinha.
Sobre o Instituto Fonte
Somos uma organização da sociedade civil que há 22 anos tem o compromisso de acompanhar indivíduos, grupos e organizações em seus processos de crescimento e desenvolvimento, ajudando-os a criar soluções originais para questões sociais e existenciais. Fazemos isso por meio da consultoria de processos, capacitação, projetos e publicações. Atualmente nossa equipe é composta por 4 mulheres, que atuam em parceria com uma REDE de consultores e consultoras facilitadoras de processos de desenvolvimento. Já atuamos em Igarassu-PE com 2 turmas da Escola da Juventude, trabalhando com jovens projetos de vida e de empreendedorismo. Especialmente neste projeto da Incubadora de Sonhos estamos trabalhando em parceria com a equipe da iniciativa AION, Florescimento Humano, que está responsável pela formação e acompanhamento dessas 40 pessoas, no campo.
Fonte: Diário de Pernambuco
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