Formando uma dupla imbatível com o feijão, o arroz costuma estar presente no cardápio diário da maioria dos brasileiros. Em outras cozinhas ao redor do mundo, ele também faz sucesso, graças a sua versatilidade e facilidade no preparo. Embora o arroz branco - também conhecido como agulhinha - seja o mais popular nos pratos dos brasileiros, há muitos outros tipos mais recomendados pelos nutricionistas.
De acordo com os especialistas, o arroz é um bom alimento para a saúde e não precisa ser cortado da dieta. “Ele é rico em carboidratos, que fornecem energia para o nosso corpo, e pode sim fazer parte da nossa alimentação no dia a dia”, afirma a nutricionista e gastrônoma Sophia Andrade.
O arroz também é fonte de vitaminas A e as do complexo B, sais minerais, selênio, zinco e potássio. “Ele é fonte de alguns aminoácidos, como a metionina e a cisteína, que formam proteínas no corpo humano. Combinado com o feijão, por exemplo, oferece todos os aminoácidos essenciais para o nosso organismo”, explica Helen Lima, nutricionista, mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos e docente universitária.
Entre os diferentes arrozes disponíveis no mercado, os mais recomendados pelos especialistas são os integrais. Em comparação com esse, o branco possui uma concentração menor de vitaminas e minerais, já que no seu processo de refinamento ele perde o gérmen e a casca.
“O arroz integral é menos calórico, além de oferecer uma carga de fibras muito maior. Isso favorece um trânsito intestinal adequado e uma redução dos níveis de glicose no sangue, o que é importante para pacientes com diabetes”, destaca Helen.
Outro tipo de arroz bastante conhecido dos brasileiros é o parboilizado, que passa por uma espécie de pré-cozimento, sendo imerso em água aquecida. Ainda que perca uma boa quantidade de fibras nesse processo, o arroz parboilizado é mais indicado do que o branco, já que consegue reter parte dos nutrientes antes perdidos em sua casca. Há ainda o arroz vermelho, muito comum no Sertão nordestino, além de outros menos populares, como o preto, o selvagem e o jasmine.
A forma de preparo do ingrediente é outro ponto que deve ser levado em consideração pelo consumidor. Segundo Sophia Andrade, o tradicional e prático arroz escorrido não é o modo mais vantajoso para a saúde. “Com a água daquele cozimento, que a gente vai descartar depois, vão embora vários nutrientes que são importantes para o organismo”, alerta.
Refogar o arroz pode ser uma opção de preparo viável, mas é necessário tomar alguns cuidados. Helen Lima chama atenção para a utilização de temperos artificiais na receita, que podem elevar o seu teor de sódio e de gorduras. “Você pode preparar com um óleo vegetal em pequena quantidade, como o azeite, adicionando cebola e alho, ou ainda ervas, açafrão, que tem uma importante função imunológica”, diz.
Sophia Andrade ainda indica inserir outros ingredientes junto ao arroz para enriquecê-lo nutricionalmente. “Podemos colocar vegetais, como brócolis, cenoura e beterraba, além de outros grãos, como lentilha e grão-de-bico”, aconselha.
Fonte: Folha de Pernambuco
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