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segunda-feira, 27 de abril de 2020

Lotação em coletivos é problema frequente durante pandemia

                                                      Tarciso Augusto/Esp. DP
Apesar do decreto estadual que proíbe aglomerações e locais que estejam com mais de dez pessoas, o número de usuários nos coletivos mostra que a falta de fiscalização e a diminuição nas frotas que circulam pelo Recife e Região Metropolitana entram em desacordo com a determinação imposta pelas autoridades sanitárias.

O descumprimento da norma estadual tem provocado reações adversas de passageiros, motoristas e cobradores, que reclamam de tumulto nos coletivos no período de pico.

A cuidadora terapêutica Rogéria Teixeira do Nascimento, 39, contou que os veículos estão circulando em um intervalo mais longo durante a semana, fazendo com que concentre um número maior de pessoas nas paradas de ônibus e nos coletivos.

“Eu acho que esta situação é um descaso com os passageiros. Os ônibus demoram mais de uma hora para passar novamente. Nos finais de semana está sendo pior, com mais gente. Se não quer que tenha aglomeração como estão reduzindo os ônibus?”, desabafa.

De acordo com o motorista George Vieira, a aglomeração nos ônibus tem ocorrido com frequência devido à redução da frota. 

“O tumulto acontece sempre no horário das 6h quando saímos do terminal e acontece de ter sempre muita gente idosa. A linha Beberibe/Derby circulava com 15 ônibus e agora circula com 10, mas têm linhas como Morro da Conceição e Alto José do Pinho que só estão circulando com um”, conta.

Apesar da confirmação do Grande Recife Consórcio de Transportes de que há uma equipe especializada responsável pela limpeza interior dos veículos, o cobrador Rafael Soares informou que ao chegar nos terminais após a viagem, a categoria higieniza as barras de apoio do transporte. 

“Quando terminamos a viagem e chegamos no terminal, nós passamos um pano com álcool nas barras. Recebemos as máscaras mas mesmo assim ficamos com medo porque o ônibus está vindo lotado”, informa.

O representante do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, informou que está fiscalizando empresas que não fornecem Equipamentos de Proteção Individual e nem água para os trabalhadores, o que, de acordo com ele, é previsto por lei.

“Estamos tentando entrar em acordo com as empresas para resolver a distribuição dos EPIs com urgência. Já foram constatadas as mortes de quatro trabalhadores por Covid-19 e as empresas não oferecem condições de saúde e segurança aos trabalhadores. Além disso, eles não respeitam o decreto de que 48% das frotas devem circular.”, comunica.

Na manhã desta segunda-feira (27), os motoristas e cobradores da empresa Vera Cruz realizaram uma paralisação após a redução do pagamento da quinzena do salário e demissão de funcionários. Aldo Lima informou que na tarde de hoje realizará uma reunião com a companhia de transporte.

“Nós tentaremos entrar em acordo com a Vera Cruz, que é uma empresa que não se adequa aos nossos pedidos como o pagamento do salário de funcionários que estão afastados por atestado médico, por exemplo. A demissão de funcionários, a falta de equipamentos, incluindo água, também estão na lista dos assuntos que serão tratados na reunião da tarde de hoje”, conta.

Em nota, o Grande Recife Consórcio de Transportes informou que foi surpreendido com a paralisação, na manhã desta segunda-feira (27), por parte dos rodoviários da Vera Cruz, e que está apurando os detalhes que motivaram o protesto junto à empresa. 

Fonte: Diário de Pernambuco.

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